Projeção de Inflação para 2024 Diminui para 3,5%, Segundo Fazenda

Revisão da Projeção de Inflação

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda ajustou sua projeção para a inflação de 2024, reduzindo-a de 3,55% para 3,5%. Este ajuste sugere uma perspectiva mais otimista quanto ao controle da inflação, alinhando-se à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Impactos Menores que o Esperado

A revisão para baixo leva em consideração o impacto menos intenso do fenômeno El Niño sobre a inflação de alimentos, etanol e tarifas de energia elétrica. Além disso, reajustes recentes em preços monitorados, como licenciamento e emplacamento de veículos e tarifas de energia, ficaram abaixo do esperado, contribuindo para a revisão.

Setor de Serviços em Desaceleração

Outro fator relevante para a atualização da projeção é a desaceleração da inflação no setor de serviços, além dos benefícios derivados de uma economia internacional ainda marcada pelo excesso de capacidade ociosa na China, que influencia os preços de bens industriais.

Projeções para o INPC e IGP-DI

Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e ao Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), a SPE manteve a projeção do INPC em 3,25% para o ano corrente, enquanto a estimativa para o IGP-DI caiu de 4% para 3,5%.

Perspectivas para o PIB

Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão de crescimento permanece em 2,2% para 2024. Essa estabilidade se deve ao equilíbrio esperado entre os setores cíclicos e a expansão da absorção doméstica. Contudo, ajustes foram feitos nas projeções de crescimento por setor, destacando-se a revisão negativa para a agropecuária e o aumento nas expectativas para os setores de serviços e indústria.

Projeções Futuras e Fiscalização Orçamentária

As projeções ajustadas são fundamentais para a elaboração do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que influencia as decisões de execução orçamentária do governo, incluindo o bloqueio de gastos não obrigatórios para cumprir metas fiscais.

Fonte: Agência Brasil